O seriado requer atenção, são muitos nomes, são muitas discussões políticas, muitas estratagemas entrelaçados que se desenvolvem ao longo dos episódios e que vão e voltam em determinadas situações, mas a verdade é que House of Cards prende nossa atenção, como um dos melhores seriados da atualidade.
O que conta a série House of Cards?
Não somente pela personalidade perversamente cativante do personagem Francis Underwood como sua capacidade de manipular, sem perder o charme, toda e qualquer situação.
Ele é o anticristo, ele é malvado, mesquinho, não mede nenhum tipo de esforço para atingir seus objetivos, mas não podemos negar que tem um papel irresistível que acaba fazendo com que a gente perdoe todos os seus pecados e mau caráter, em busca do poder.
Ele é mesmo um congressista determinado, um cara que é o lobo mais feroz entre todos os lobos e que se há um cordeiro por perto, ele não se intimida em devorá-lo.
Ele usa sim todas as pessoas em benefício próprio, incluindo família, rabino, mortos e vivos.
Porque House of Cards é bom?
Se pudéssemos compactar numa só pessoa todos os pecados repudiados por Deus e seus mandamentos, eles estariam em Francis.
Mas como todo demônio, ele não está sozinho, até o soberano das profundezas do inferno tem uma versão feminina, biblicamente seria Lilith, indomável, maléfica uma vampira sedutora que castrava os homens… enfim, na série ela é a conhecida chiquérrima Claire Underwood.
O que seria de um grande homem sem uma grande mulher não é mesmo?
Mas o que mais vemos nesse seriado, apesar de toda ação política, todas as manobras para alcançar o poder sem medir esforços, é que essas duas almas se completam, tanto pro bem, quanto pro mal… se entrelaçam, se compreendem, se aceitam e principalmente o que mais une um casal, tem um objetivo em comum, O PODER ACIMA DE TUDO.
Não, Claire não fica a sombra do marido, ela sabe o que quer, ela pelo contrário, com seu andar milimetricamente calculado e seu olhar ferino, além de seu baixar de cabeça em concordância, consegue tudo o que deseja dele e de vários outros, nunca, nunca entrando em colapso com o bem comum ou com o objetivo maior.
Série de drama
Quem é o pior dos dois? Ainda não sei… um depende do outro, eles trabalham como os ponteiros de um relógio, ora um atrás, ora a frente, ora juntos.
O casamento não é apenas um contrato assinado como os que assinamos aos montes por aí, é um compromisso muito maior, um compromisso de sigilo, de total e irrestrita doação de um para com o outro.
Posso estar romantizando um seriado que não tem absolutamente nada de bonito porque obviamente é tudo muito podre, como não podia deixar de ser, a política, em qualquer lugar do mundo, mas a verdade é que pra mim, o seriado trata-se mais do comprometimento entre duas pessoas, um homem e uma mulher que decidiram chegar em um determinado lugar juntos, sem medir esforços e sem escrúpulos e que juntos ninguém pode separá-los.
PS: ainda não terminei a terceira temporada, mas minha percepção até agora é essa.
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